terça-feira, 12 de agosto de 2014

Guns N’ Roses: a história por trás da música “Catcher in the Rye”


“Catcher in the Rye” é a sétima faixa do álbum “Chinese Democracy”, lançado em 2008, e foi escrita por Axl Rose e pelo guitarrista Paul Tobias. O título é uma referência ao romance de mesmo nome do escritor J. D. Salinger, lançado em 1951, e que aqui no Brasil foi traduzido para “O Apanhador No Campo de Centeio”. O livro narra um fim-de-semana na vida de Holden Caulfield, um garoto de dezessete anos vindo de uma família abastada de Nova Iorque, que após ser expulso do Colégio Pencey (internato para rapazes) por seu mau desempenho acadêmico, se instala no decadente Hotel Edmont e seu tempo é largamente caracterizado por bebedeira, angústia e alienação, chegando até a apanhar de um cafetão por causa de uma noite com uma prostituta que acabou não acontecendo. Caulfield se tornou ídolo de uma geração de jovens rebeldes e conta-se, inclusive, que o garoto Robert Zimmerman, futuro Bob Dylan, fugiu de casa algumas vezes inspirado nele.

Em 1992, a banda Green Day lançou o álbum “Kerplunk”, e trouxe uma faixa inspirada no referido livro chamada “Who Wrote Holden Caulfield?”.

No filme "Teoria da Conspiração", lançado em 1997, Mel Gibson faz o papel de um motorista de táxi psicótico que acha que todos estão contra ele e que possui uma compulsão de comprar diariamente um mesmo livro: "O Apanhador No Campo de Centeio”.

Em 1999, o guitarrista da banda Queen, Brian May, colaborou com o Guns N’ Roses em “Catcher in the Rye”, porém, nove anos depois, pouco antes do lançamento de “Chinese Democracy”, May ficou decepcionado quando descobriu que sua contribuição havia sido removida da versão final da canção, sendo substituída por partes de guitarra dos novos membros.

Mark David Chapman, o assassino de John Lennon, carregava este livro consigo no dia em que cometeu o crime, e além de ter levado o livro para Lennon "autografar" pouco antes do tiro, declarou que a obra teria servido de inspiração para matar o músico.

Outro fato curioso é que o atirador que tentou matar Ronald Reagan em 1981, afirmou a mesma coisa, ou seja, que teria tirado do livro a inspiração para matar o presidente americano, assim como Robert John Bardo, o assassino da modelo e atriz Rebecca Schaeffer, que também carregava consigo o livro quando a matou.